segunda-feira, 7 de novembro de 2016

COMPACT | Capítulo II

Arco da história Compact.
Isto é um post dependente, caso esteja perdido clique aqui.
_______________________________________________________

CAPÍTULO II


      Continuando nossa saga... O pobre Roney estava vencido naquele chão, mas tinha uma coisa, um pequeno detalhe, ele ainda estava vivo. Podia não estar totalmente bem depois de tudo o que ocorrera em tão pouco tempo,  porém, definitivamente, ele estava mudado, com certeza havia algo de diferente naquela pessoa. E isso vocês vão ver.
       Acho que já mencionei sobre o Margon?! Ele é o caral mau, e sim, ele vai tentar acabar com tudo. Por falar dele, naquela mesma noite, sua pessoa não tinha simplesmente deixado o prédio. Não sem antes fazer a verdadeira porcaria que os vilões sempre fazem. É fato que a reputação de Margon alcança a mão em qualquer lugar, e ele tinha pessoas infiltradas naquela empresa, aliás, quem não gostaria de comandar uma multinacional daquele tamanho, de qualquer forma, não era dele, e o mesmo não tinha direito sobre. Isso não o impediu de colocar pessoas trabalhando para ele na Gonarc, dessa forma é até fácil conseguir convites para um evento daquele porte.
       Obviamente, Margon soube do ocorrido com a máquina do clima, algumas horas depois que a festa foi encerrada, ele estava lá ainda, de um jeito ou de outro ele conseguiria o que procurava, os esquemas de alguns aparelhos, algumas fórmulas de substância especiais, ou até o próprio aparelho do clima.

       Dessa vez Roney não precisou de ajuda, ele acabava de se levantar sozinho, como eu disse, ele estava vivo, e também ao contrário do que eu falei, ele estava muito bem, parecia que tinha dormido como nunca antes, estava todo revigorado. Vocês devem estar se perguntando se mais ninguém trabalha nesse lugar, para nem terem ouvido o barulho lá de cima, e eu respondo: não naquele dia, nem nos andares próximos ao terraço. A(s) única(s) pessoa(s) que poderiam estar lá para ver aquilo era os informantes de Margon, e estavam. Voltando para o cientista que agora é um experimento vivo. Ele estava totalmente diferente e começou a perceber isso, só de pensar partes do seu corpo tomavam a forma de um monte de moléculas amontoadas, elas podiam se dissipar, ir para outros contos, e depois voltavam dando forma ao braço de Roney novamente. O rapaz estava todo boquiaberto com tudo, e alegre, aquilo poderia ser a resposta para muitas perguntas, podia mudar o mundo inteiro. Aquilo era o verdadeiro futuro, e tudo estava dentro de uma única pessoa. Ela irá descobrir de tudo que é capaz, estava contente, mas também assustado. Imagine-se com um corpo que tem instabilidade molecular. É tudo muito confuso para, mesmo ele sendo o cientistas, muitas pergunta vieram na sua cabeça e o deixaram um pouco transtornado.
       Perto dali estava Margon, que foi alertado de tudo que tinha acontecido, tinha mais outras duas pessoas com ele: um agente disfarçado, que de fato era um cientista e um de seus seguranças - não que ele precisasse. 
       - Se o matarem podemos dizer que ouve essa explosão, e poderei pegar a máquina e roubar o projeto dela, talvez até melhora-ló -  disse Margon, pena que o aparelho tinha sido destruído junto coma explosão -, ele está diferente, alguma anomalia aconteceu com ele. Estarei fazendo um favor a ele, Lucius, mate-o.
       Como todo chefão, Margon tinha seu segurança favorito também, e este era multiuso, ele também era um hábil construtor/engenheiro, e estava sempre melhorando o equipamento da equipe. É adorado e respeitado por todos da 'gangue'.
       Lucius não exitou e foi logo ao curto embate que seria para eliminar Roney, com seu facão em mão deferiu um golpe contra o cientista - quem não percebeu a chegada do capanga -, e não fez nada, nem precisou. A faca entrou e saiu, só que não havia feito um buraco. O corpo de Roney, onde a faca atingiu, havia se tornado pequenas moléculas, e isso fez com que não Lucius não conseguisse sucesso ao tentar eliminá-lo. Quando o cientista percebeu o que estava acontecendo, seu corpo em um piscar de olhos, se transformou em um monte de moléculas - parecia uma monte de bolinhas juntas, tudo rabiscado, e eu prefiro chamar de bolhas, enfim. 
       Roney já tinha noção do que podia fazer, mas isso estava em outro patamar, ele conseguia ver perfeitamente tudo ao seu redor, e mesmo assim, para outras pessoas ele era apenas um amontoado de bolinhas, ninguém saberia identificar o que era aquele pedaço de sujeira no ar. Lucius tentou dilacerar vários golpes no seu alvo, porém nada o atingia. Então Roney resolveu mandá-lo parar, e é claro que o segurança não o fez, então levou um soco e cambaleou até cair. Só que ele caiu, literalmente, caiu do prédio, Roney não conseguiu medir forças, para ele, tinha sido um soco comum, mas não fora. Agora, as moléculas se amontoaram novamente, dando forma ao corpo. O cientista ficou perplexo com o que acabara de fazer, mesmo que tivesse sido sem intenção. E a essa altura Margon já estava longe, ele tinha deixado o outro capanga ali - o cientista -, que não teve êxito em buscar por partes do aparelho. 
       - Por favor, por favor, não faça nada comigo - disse o capanga, que estava assustado.
       - Alan? -  perguntou Roney -  você estava com aquele cara?
       - Me perdoa, eu nunca te desejei mal - disse Alan, o cientista traidor.
     - Não acredito, você era incrível na empresa, me ajudou bastante. Eu não farei nada com você, você já o fez. Saia daqui por favor. - e as pressas o traidor sumiu daquele lugar.

O que está acontecendo comigo? - se perguntou Roney - eu, eu, quero mud--ar, que diabos é isso? Não é normal, eu acabei de jogar um homem pela sacada com um único soco, ele estava longe ainda. Que porcaria. Preciso ligar para o Olly.

       Ao mesmo tempo que Roney fazia a ligação, Alan, que estava já de fora do prédio, encontrou Margon em um beco quase próximo do Gonarc, e disse respirando como se estivesse super amedrontado: - ele sabe que trabalho para você, ele o viu.
       - Nossa, é mesmo uma pena. Você foi de grande ajuda - retrucou Margon, e ao mesmo tempo, outro segurança acabava de quebrar o pescoço do pobre Alan.

       Já era manhã do dia seguinte, primeiro de dezembro, o mês adorado por muitos. O dia se iniciava com um clima fresco e os primeiros resquícios de neve começavam a aparecer. Tinha sido um ano de bastantes feitos, principalmente para Gonarc, aquela empresa que havia passado por muito nesses últimos tempos. Até mesmo ataque cibernético  de algum hacker por aí - e olha que os indivíduos que trabalham na segurança dessa área na empresa são de um nível altíssimo. E isso não vem ao caso agora.
       O nosso personagem estava agora tirando uma soneca, na casa de seu mais fiel companheiro, ele estava na sala, aquele lugar era gigante, e talvez só aquela sala já fosse uma casa por si só.
         - Finalmente você acordou, todos estávamos preocupados, mas agora estamos aqui - disse Olly - foi uma ideia esperta você vir para cá, sua segurança está em primeiro plano e teus seguranças já revistaram sua casa e o prédio.
       - Eu não vim para cá visando meu bem estar - disse Roney num tom incomum -, não te contei a história, mas você sabe por partes o que aconteceu. - em sã consciência o cientista fez com que sua mão inteira se transformasse em moléculas - e isso é para impedir que você duvide de minha explicação.
       - Que diabos é isso ?! - perguntou intrigado o amigo, e no outro canto da sala estava Penny.
       - Eu não sabia que ela estava aqui - ficou agitado por não previsto a presença da amiga.
       - Se isso era para ser um segredo, estou dando o fora daqui - falou Penny que já estava possessa- eu do um duro danado para sempre estar ao seu lado, sempre ajudar na empresa, para ficar escondendo coisas de mim?
       - Eu iria te contar, mas não neste momento - ficou aborrecido Roney -, nem eu sei que merda é essa que tá virando. Sinto muito por qualquer mal entendido, devo essa explicação à ambos, porém depois disso irei partir por um tempo.
         - Como assim partir? - foi uma pergunta retórica de Olly- Você tem uma empresa para administrar, você tem pessoas que estão aqui ao seu lado, e agora você tem isso.
          - Eu nem sei como lidar com esse tanto de informação - suspirou o cientista.
         Então Roney contou detalhadamente sua história para seus amigos, e é claro que eles estariam apoiando-o acima de qualquer outra coisa. Foi tudo comum, já que Penny trabalha no ramo e algo desse porte não seria totalmente impossível nesse mundo em que estamos. Olly aceitou numa boa também, queria que o amigo usasse aquilo para ajudar as pessoas, e que não escondesse o que não era mais.
       Por fim chegaram a um acordo: Roney permaneceria. Com todo apoio possível disseram para que o mesmo aprendesse mais sobre si mesmo,pois querendo ou não ele agora era algo totalmente diferente, e uma nova realidade começaria ali naquele mundo que não tinha mais horizontes.


[TERMINAR~]

       

Nenhum comentário

Postar um comentário

© Things
Maira Gall